POR QUE O MUNDO NÃO ACABOU?

    Dezenas de datas! Quem sabe até centenas de datas já foram estipuladas como sendo “o dia do fim”. Alguns divulgaram o dia 21 de maio. Novamente o mundo não acabou. Por quê?
Rapidamente alguns refazem as contas. Outros já apontam para os maias e lembram que o fim será no dia 21 de dezembro de 2012.
Não sei quando será o fim! Ninguém sabe. Jesus deixou claro que não nos compete conhecer esse dia (Mt 24.36, At 1.7). A Bíblia diz que ele virá como ladrão; isto é, quando ninguém estiver esperando. O apóstolo aconselha os cristãos a continuarem em Jesus, firmes na fé e no amor. Somente assim estariam prontos para “o dia do fim” do mundo, ou de suas vidas individualmente.
O mundo pode acabar hoje. A morte pode me visitar a qualquer momento. Porém ouso dizer que o mundo não acabará no dia 21 de dezembro de 2012. Pode ser no dia 20 ou 22, ou qualquer outro dia. Mas, ouso dizer que naquele dia, em que haverá expectativa, o fim não virá. Por quê? Porque o dia virá como “ladrão” (2 Pe 3.10), quando ninguém estiver esperando. É isso o que está claramente escrito.
O calendário dos maias é confuso inclusive para os especialistas dessa área. A Bíblia é clara. Não há como acreditar no anúncio de um dia em específico. Porém, o Senhor Jesus anuncia claramente que esse dia chegará.
Um grupo de cristãos da cidade de Tessalônica precisou ser orientado sobre o dia do fim. Eles aguardavam esse dia. Mas alguns foram enganados e desnorteados com essa idéia de que o fim já havia chegado ou chegaria logo pararam de trabalhar! Paulo escreveu-lhes uma carta, e com vigor disse: Quem não quiser trabalhar, que também não coma! (2 Ts 3.10).
A verdade é que, enquanto aguardamos a vinda de Jesus, necessitamos continuar cheios de esperança e vigor no trabalho. Baseado nessa esperança Lutero escreveu: “se soubesse que o mundo acabaria amanhã, ainda hoje plantaria uma macieira.”
     Por que o mundo não acabou? Porque ainda é tempo de semear a boa semente – a semente da Palavra de Deus. Que Deus nos permita colher o amor; pois tudo passará, como a flor que seca e morre. O mundo terminará, mas o amor é eterno!


Pastor Ismar L. Pinz 

Três Vendas, Pelotas, RS.

POSIÇÃO DA IELB SOBRE UNIÃO HOMOSSEXUAL

A Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) está estabelecida num país onde há liberdade de viver, se expressar e agir conforme a decisão ou vontade de cada um.  Assim, a opção sexual faz parte dessa liberdade. Por outro lado, a IELB também entende que a liberdade de discordar e não aceitar em seu meio uma união homossexual, por esta ferir os princípios da Bíblia Sagrada,  faz parte da sua liberdade e não lhe pode ser cerceada, pois fere a Constituição Nacional. A Constituição Brasileira, no seu Artigo V, incisos IV, VI, VIII e IX, diz:

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

            Assim, precisamos diferenciar homossexualismo de homofobia. A Igreja Luterana não concorda com a conduta homossexual, mas não discrimina o ser humano homossexual.

Por isso declaramos:

1 –  A IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL crê e confessa que a sexualidade é um dom de Deus, destinado por Deus para ser vivido entre um homem e uma mulher dentro do casamento.

2 - A IELB crê e confessa que o homossexual é amado por Deus como são amadas por Deus todas as suas criaturas.

3 - Em amando todas as pessoas e também o homossexual, Deus não anula o propósito da sua criação.

4 - Por esta razão, a igreja, em acordo com a Sagrada Escritura, denuncia na homossexualidade um desvio do propósito criador de Deus, fruto da corrupção humana que degrada a pessoa e transgride a vontade de Deus expressa na Bíblia. “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação. Nem te deitarás com animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele: é confusão. Portanto guardareis a obrigação que tendes para comigo, não praticando nenhum dos costumes abomináveis que praticaram antes de vós, e não vos contamineis com eles: Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 18.22,23,30); “Por isso Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seus próprios corações, para desonrarem os seus corpos entre si; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro” Romanos 1.24,27); “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6.9-10).

5 -  Porque a homossexualidade transgride a vontade de Deus e porque Deus enviou a igreja a levar Cristo Para Todos, a igreja se compromete a encaminhar o homossexual dentro do que preceitua o amor cristão e na sua competência de igreja, visando a que as pessoas vivam vida feliz e agradável a Deus; Mateus 19.5: “... Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”

6 -  A IELB, repudiando qualquer forma de discriminação, deve estar ao lado também das pessoas de comportamento homossexual, para lhes dar o apoio necessário e possam vir a ter a força para viver vida agradável a Deus.

7 -  Diante disto repudiamos a idéia de se conceder à união entre homossexuais o caráter de matrimônio legítimo porque contraria a vontade expressa de Deus e dificulta, se não impossibilita, a oportunidade de tais pessoas revisarem suas opções e comportamento.

8 - Repudiamos também, por conseqüência, a hipótese de ser dado a um casal homossexual a adoção e guarda de crianças como filhos porque entre outros prejuízos de formação, formará na criança uma visão distorcida da sua própria natureza.

Fiéis ao nosso lema CRISTO PARA TODOS ensinamos que a igreja renova também o seu compromisso de receber pessoas homossexuais no amor de Cristo visando que a fé em Jesus as transforme para a nova vida da qual Deus se agrada.

Em nome da Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Rev. Egon Kopereck
Presidente IELB

*(A posição da IELB atende ao disposto em parecer da Comissão de Teologia e Relações Eclesiais, da 57ª Convenção Nacional) 


Senhor, Tu és meu Bom Pastor

O SENHOR É O MEU PASTOR

“O Senhor é o meu pastor: nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre”. Salmo 23
   Certa vez um conferencista muito famoso foi assistir a um culto no domingo de manhã em uma igreja na Escócia. Como se tratasse de um grande orador, foi-lhe pedido que recitasse o Salmo 23. Ele concordou. Recitou com muita graça  e perfeição o salmo. A congregação ficou impressionada com a sua declamação. Em seguida alguém da platéia pediu que o pastor recitasse o mesmo salmo. Humilde, mas sinceramente, ele o fez com grande sentimento. Quando terminou, a congregação tinha lágrimas nos olhos de emoção. O culto terminou. Um amigo do conferencista veio ter com ele e perguntou-lhe se havia notado o efeito diferente que as duas recitações tinham tido sobre o povo. Por um momento o orador guardou silêncio. Depois replicou com um alto senso de humildade: “Sim, eu notei. É que eu conheço o salmo, mas ele conhece o pastor”.
    Esse é o Salmo 23. Aqui está o motivo porque os cristãos, nas mais diversas situações, encontram consolo, conforto e ânimo nesse salmo.
Prezado amigo e amiga. Conhece você o bom Pastor? Pode você dizer o mesmo que o salmista Davi: “O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará?”.
Se a sua resposta for sim, então enfrente a vida com a cabeça erguida, certo de que com a presença do bom Pastor Jesus nada lhe faltará. De que, enquanto estiver aqui neste mundo, neste vale de lágrima, a bondade e a misericórdia do Senhor lhe acompanhará todos os dias da sua vida.  E quando a vida terminar, você tem a certeza de que irá habitar com o Senhor para todo o sempre. Amém.            
Parte do Sermão do Pastor Lindolfo Pieper  (In Memoriam)