MENSAGEM DIRETORIA NACIONAL: 495 ANOS DA REFORMA

Dia 31 de outubro festejamos os 495 anos da Reforma, desde que Martinho Lutero, num ato de coragem, convicção e defesa da verdade das Sagradas Escrituras, fixou 95 teses na porta da igreja de Wittenberg, na Alemanha. Começava ali uma luta na defesa de três pilares básicos de nossa confissão e fé: Somente a Graça; Somente a Fé e Somente a Escritura. 

Lutero defendia, à luz da Palavra de Deus, de que a salvação eterna é graça, é presente de Deus, que vem a nós, somente pela fé em Cristo Jesus e essa verdade, nos é colocada e determinada, somente pela Escritura, que é a clara e pura Palavra de Deus. Por essa verdade ele lutou. Nessa certeza ele viveu e se dispôs até a morrer, confessando: “Se vierem roubar os bens, vida e o lar, que tudo se vá, proveito não lhes dá. O céu é nossa herança.” (Hinário Luterano, nº 165).

Quando lembramos essa data, louvamos e agradecemos a Deus pela coragem, firmeza, determinação e fidelidade deste servo de Deus, chamado Martinho Lutero. Por outro lado, numa sociedade em transformação, num mundo de constantes mudanças, onde valores éticos, morais, princípios cristãos, são ignorados, pisoteados e deixados de lado, é preciso olhar para o exemplo de homens como Lutero, para,também, firmados na Bíblia, a Palavra de Deus, hastearmos pendões (Sl 20.5), confessarmos essa fé e não nos deixarmos envolver por ameaças, críticas e vãs filosofias desse mundo (Cl 2.8 e 1 Tm 6.20).

Deus nos proteja, defenda e dê sabedoria para permanecermos firmes na fé e nas Confissões da nossa Igreja. Nas Confissões, conforme encontramos no Livro de Concórdia de 1580, não por serem essas igual ou maior do que a Bíblia Sagrada, mas por termos absoluta convicção que elas estão fundamentadas, baseadas e firmadas na Palavra de Deus. Que assim possamos permanecer firmes e defender com convicção, não o que Lutero disse, mas o que a Bíblia diz, e pela qual Lutero batalhou e lutou até o fim.

Continuamos defendendo que somos salvos Somente pela Graça de Deus. Esse presente vem a nós, Somente Pela Fé, e temos essa certeza, porque a Bíblia e Somente Ela nos afirma e mostra isso.
    
Pastor Egon Kopereck
Presidente da IELB







Recepção de Novos Membros

Nove novos membros são recebidos na PEL “Concórdia” de Canivete.

Dia 27 de Outubro, na CEL Concórdia: Adenicio Buenos Batista; Marlene Felipe da Silva; Luciano Bastos da Rocha.



Dia 28 de Outubro na CEL Cristo Redentor: Charles Romanha Coutinho 




Dia 28 de Outubro na CEL Martinho Lutero: Flávio Morgan; Vivian Berger; Suely Rosa dos Santos Kopp; Edivaldo Kopp; Viviane Luiz Francisco.
No mesmo culto a CEL Martinho Lutero comemorou seus 30 anos, tendo como pregador o Pr. David Flor, liturgista Pr. Jadir Carlos Mundt. 


Educação: Dedo indicador ou dedo do meio?


O dedo indicador erguido é sinal de quem quer falar, interagir. Virou tradição erguer o indicador para perguntar algo. Não são poucos os que ouviam a professora dizer: “quem quiser falar ou perguntar ergue o dedo”.

Porém erguer o dedo do meio é sinal oposto. Nada a ver com educação e ordem, muito menos com pedido de licença, mas com agressão, com falta de educação. Erguer o dedo do meio é uma violência silenciosa, uma ofensa rápida e direta.

Já passou da hora de todos erguermos os dois braços e colocarmos as duas mãos ao trabalho para lutarmos pela educação. Num momento de debates, rapidamente se apontam os aspectos críticos: baixos salários dos professores, péssimo estado físico das escolas. Recorrentemente tenho ouvido falar sobre a falta de qualificação dos mestres.

Concordo com todos os aspectos citados, mas algo ainda me inquieta: “saber que a maioria dos jovens em sala de aula, são mais velozes em erguer o dedo do meio do que erguer o indicador!” Assim, aulas brilhantes não são nem percebidas e alunos interessados são ridicularizados. Afinal o dedo do meio normalmente é maior que o indicador.

Mas quem é essa gente que ergue o dedo do meio? São meninos e meninas. Nossos filhos, sobrinhos, netos, vizinhos. São nossos!

Imediatamente nos sensibilizamos e percebemos que o problema está em nós mesmos e na sociedade que formamos. Percebemos que não adianta apenas pintar as paredes da escola, ou trocar computadores por notebooks, percebemos que o problema está na escala de valores que construímos, notamos que o problema está naquilo valorizamos, naquilo que é curtido. Percebemos que muitas vezes não erguemos nenhum dos dedos, mas sim uma peneira para proteger-se de um sol que revela nossa ineficiência e conceitos de quem acha que um penteado maneiro e a cor dos tênis são aspectos de personalidade importantes, enquanto conceitos e fundamentos são considerados caretices.

Penso que o dedo indicador erguido nos deve direcionar a atenção para Deus. Diz as Escrituras Sagradas que o temor ao Senhor é o princípio da sabedoria (Pv 1.7). Diz as Escrituras que ainda que venhamos a dominar as ciências e saibamos falar a língua dos homens e até mesmo dos anjos, se não tiver amor, nada seremos (1 Co 13).

Jesus é o Mestre dos mestres! Ele permitiu que suas duas mãos, com todos os dedos fossem erguidos na cruz. Ao doar sua Vida em Amor aponta uma escala de valores que precisa ser respeitada e ensinada aos nossos pequenos. Somente assim os indicadores serão levantados para perguntar, interagir e ajudar os professores e colegas nesse processo conjunto que é a aprendizagem.

Pastor Ismar L. Pinz

Comunidade Luterana Cristo Redentor

Três Vendas - Pelotas

POR QUE BATIZAMOS CRIANÇAS - PARTE 2



Batizamos crianças porque:
De acordo com os textos abaixo sempre foi costume da Igreja Cristã batizar crianças. Leia: At 10.44-48; At 16.15; At 18.8 e 1Co 1.16. Atos 16 diz que Lídia e toda a sua casa foram batizados. Muito embora o texto não diz claramente, mas é certo que havia crianças naquela família, bem como, a casa de Crispo em Atos 18, e a casa de Estéfanas em 1Coríntios 1.
A primeira versão do Novo Testamento, denominada Peshita Siríaca, publicada logo após a era apostólica, traduz At 16.15 da seguinte maneira: “Ela (Lídia) foi batizada e as crianças da sua casa.”
DEVO ME BATIZAR MAIS DE UMA VEZ?
Cuidado! Muitos não tem nenhum conhecimento bíblico sobre o batismo e o seu valor, e por isso, acabam entrando na onda perigosíssima de se batizar de novo toda vez que muda de igrejaO batismo É UM SÓ – Leia: Efésios 4.5, e não 2, 3, 4 vezes... de acordo com o número de denominações diferentes... Muitos encaram esse assunto, como se estivessem brincando de casinha ou pulando de galho em galho! Na Bíblia está escrito: “... Não vos enganeis: de Deus não se zomba... – Gl 6.7.
Se você se batizou mais de uma vez peça perdão a Deus e clareza da sua Palavra, Ele te perdoará e receberá em seus braços.
As bênçãos e validade do batismo não estão no pastor que faz o batismo e nem nessa ou naquela denominação. O valor e bênçãos do batismo estão na Palavra de Deus, que é usada junto com a água. O batismo feito com água, em nome do Deus Triúno; Pai, Filho e Espírito, Santo é válido para sempre. É o que lemos em Mateus 28.19,20. O batismo não perde a sua validade. Pois Deus continua sendo fiel até o fim.
A igreja cristã sempre batizou crianças, desde os tempos apostólicos. Toda a confusão começou no século XVI com o surgimento dos anabatistas (ensinavam: Salvação por obras; negavam o batismo infantil...) que começaram a ser contra o batismo de crianças, afirmando que elas não podiam crer e que não tinham necessidade de serem regeneradas, visto não terem pecado, o que é uma grande mentira! Basta ler Salmo 51.5. Nascemos com o pecado original.
As seguintes afirmações de grandes autoridades bíblicas provam o que dissemos – Que a igreja sempre batizou crianças:
Irineu, nascido em 97 d.C., discípulo de Policarpo, escreve: “A igreja aprendeu dos apóstolos a ministrar o batismo às crianças.” Irineu: Contra as Heresias, vol. 2.
Justino Mártir, que chegou a ver o apóstolo João, escreve: “Cristãos de ambos os sexos, alguns de 60, outros de 70 anos de idade se tornaram discípulos pelo batismo desde a infância.” Justino: Apologia, vol. 1.
Orígenes, que viveu 85 anos depois da morte do apóstolo João, escreve: “Visto que o batismo é para perdão dos pecados, as crianças também são batizadas de acordo com o costume da igreja.” Wal, vol. 1, p. 104.
Hermas, mencionado por Paulo em Rm 16.14, fala de crianças que receberam o selo do batismo, nestas palavras: “Ora, esse selo é a água do batismo.
Clemente, mencionado em Filemom 4.3, aconselha aos pais: “Batizai vossos filhos e criai os na disciplina e correção do Senhor.
Agostinho diz: “Desde a antigüidade a igreja tem observado o batismo infantil.
Pelágio, contemporâneo de Agostinho, escreve: Difamam-se como se eu negasse o sacramento do batismo às crianças. Jamais ouvi dizer, nem mesmo de um herético ímpio, que crianças não devem ser batizadas. Pois não há ninguém tão ignorante do escrito evangélico a ponto de ter essa opinião.”
Jamais devemos esquecer que o batismo é um meio da graça pelo qual Deus vem a nós e nos da o perdão dos pecados e implanta a fé salvadora em nossos corações.
Grande abraço a todos e até o próximo artigo!

Pastor Silvair Litzkow

CPT 27 - Milagres


O Amor do Pai - Culto Caipira


POR QUE BATIZAMOS CRIANÇAS? PARTE 1


Batizamos crianças porque:
a) JESUS ORDENOU – Ler Mt 28.19 – “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”; Mc 16.15,16.Crianças não devem ser excluídas. Elas fazem parte de “todas as nações” e são “criaturas de Deus.”
b) CRIANÇAS TEM PECADO – Ler Rm 3.23. Nascem em pecado – Sl 51.5 e são por natureza filhos da ira – Ef 2.3. Que crianças têm pecado prova-se no fato delas morrerem, pois “o salário do pecado é a morte” – Rm 5.12; 6.23. Assim sendo, necessitam da graça de Deus, da regeneração e do perdão. E tudo isso recebemos no batismo.
c) SÃO CARNE, NASCIDAS DA CARNE – Jo 3.6, e, como tais, perdidas no pecado, pois “carne e sangue não podem herdar o reino de Deus” – 1Co 15.50; precisando, por isso, primeiro “nascer da água e do Espírito” – Jo 3.5. Ou seja, aquele que despreza o batismo não pode “entrar no reino de Deus.”
d) O BATISMO tomou lugar da CIRCUNSIÇÃO – Ler Cl 2.11,12, que era uma aliança eterna – Gn 17.7; e no Antigo Testamento as crianças eram circuncidadas com apenas 8 dias de idade. ACircuncisão era uma operação, um corte da “pele que cobre a glande do pênis.”
e) O Novo Testamento e a história comprovam que a igreja cristã sempre batizou crianças, desde os tempos apostólicos. “Falaremos desse ponto no próximo artigo.”
f) Jesus pediu que lhe trouxessem as crianças – Mt 19.14; “... não os embaraceis (não proíbam) de vir a mim...” pois é da sua vontade que também elas sejam regeneradas e salvas – Mt 18.14.
g) A promessa do batismo é também para elas – At 2.39; “... para vossos filhos...” assim como a circuncisão o era para as crianças no Antigo Testamento.
Ora, sabemos que a criança não está em condições de ouvir a Palavra de Deus, para que nela se opere a fé. Resta o Batismo. Por isso diz Pedro: “Agora vos salva o Batismo” – 1Pe 3.21. Se o batismo salva então quer dizer que opera a fé, pois “sem fé é impossível agradar a Deus” – Hb 11.6. Por isso Jesus pede aos seus seguidores que lhe tragam as crianças – Mt 19.14, para que recebam o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo – Tt 3.5.
O problema todo dos que negam o batismo infantil está no fato de acharem que o homem precisa ou pode fazer alguma coisa para se salvar, que é o homem que se converte, que escolhe a Deus e a hora de sua conversão – e que a criança não pode fazer isso. Na verdade nem uma criança e nem um adulto pode se salvar ou crer por si sótudo é obra e graça de Deus. Confiram o que dizem as seguintes passagens bíblicas a respeito: Ef 2.8,9; Jr 32.18; Jo 6.4415.16; 1Co 2.14; Ef 1.1,5.
É importante ainda lembrar que o valor do batismo não está na quantidade de água, se é mergulhado ou não; nem no ritual litúrgico, mas sim, o valor e poder estão na Palavra.
No original grego encontramos a palavra Baptizw – batizarque significa as duas coisas: submergir (mergulhar) e aspergir (aplicar água). Cristo ordenou batizar, sem dizer a maneira e muito menos a quantidade de água. Então, o importante no batismo é usar água e a Palavra de Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – Mt 28.19. Este batismo é válido para sempre.

Pastor Silvair Litzkow – Igreja Luterana – Paróquia “Cristo Rei”

Mensagem do Presidente: 108 anos da IELB


Culto de Confirmação


No dia 27 de maio, na CEL “Concórdia” de Canivete, foi realizado o culto especial de Confirmação. Foram 7 jovens que confirmaram a sua fé no Deus triúno. Na foto, da esquerda para a direita: Wilian Cristian Schultz, Higor Raymundo Laurett, Maykol Hoffmann Silva, Michelly Cleto Martins, Christian Guerra Hoffmann, Higor Gineri, Rafaella Wagner da Silva.
O culto foi dirigido pelos pastores: Helmar Hoffmann, Jadir  Carlos Mundt e Gilson Hoffmann.




CASAMENTO DE DIVALDO E QUETRA


No dia 26 de maio, na CEL “Martinho Lutero” de Sooretama, aconteceu a união matrimonial de Divaldo e Quetra.
Felicidades ao casal!
“E quando ficarem velhos, eu serei o mesmo Deus; cuidarei de vocês quando tiverem cabelos brancos. Eu os criei e os carregarei; eu os ajudarei e salvarei” (Isaias 46.4)

A Rainha de um Reino Unido


As belas imagens dos ingleses ao redor da rainha Elisabeth, celebrando os seus sessenta anos de reinado sobre Reino Unido, transpareceu fidelidade do povo para com aquela respeitosa senhora.
A aparente fidelidade do povo a sua rainha destoou com o próximo assunto do jornal: a saída de Ronaldinho do Flamengo. Foi inevitável lembrar o quanto foi saudado por aquela torcida – quase como um rei. Agora é vaiado e declarado traidor.
A família real britânica também tem múltiplas histórias de infidelidade e escândalos. Por isso podemos acompanhar todos os assuntos e dizer: gente como agente. Podem ter brilho! Podem ter coroa! Mas seu reino terá seu fim logo ali adiante. Assim como um ídolo dos esportes é exaltado em um momento e recebe vaias no outro.
De fato, não importa o tamanho e a duração do reinado, a verdade se renova como diz a Bíblia em Isaías 40.6b e 8: “todos os seres humanos são como a erva do campo e toda a força e glória deles é como uma flor do mato. A erva seca, a flor cai, mas a palavra do nosso Deus dura para sempre.”
Jesus é a Palavra viva, que se fez gente (Jo 1.14) e por isso Ele é o Rei dos Reis, pois seu reinado é eterno! Se Jesus é rei, quem é a nossa rainha?
Jesus instituiu e adornou a Igreja como sua Rainha! Infelizmente, muitas vezes transparece a aparência de um reino desunido por placas e denominações. Mas na verdade a verdadeira rainha, que é a Igreja, não são as paredes de um templo, não é o sino que soa, não são os líderes, papas, padres e pastores... a Igreja são as pessoas ao redor da Palavra de Deus. Pessoas que são naturalmente infiéis, contraditórias, escandalosas, mas que são agraciadas com o perdão por meio da obra de Jesus, o único completamente fiel.
Assim, toda vez que uma pessoa reparte o pão e, sobretudo, o perdão, a grande rainha, a Igreja de Jesus, desfila e celebra o seu reinado renovado pela Palavra Viva de Deus. Provavelmente as ações dessas pessoas simples não serão acompanhadas nos noticiários, nem mesmo comemoradas como um gol de um grande jogador. Também não serão parte de um reino de sessenta, setenta ou oitenta anos, mas de um Reino que dura para sempre. Nossa oração é que de fato, esse reino seja verdadeiramente Unido.

Ismar Lambrecht Pinz
Comunidade Luterana Cristo Redentor,
Três Vendas - Pelotas, RS

Cachoeiras que sobem


   Qual seria o resultado da CPI do Cachoeira se o Espírito Santo fosse o relator do inquérito? Sem dúvida, as corredeiras da corrupção vazariam de vez para o fosso das águas podres e a verdade triunfaria. “Rios de água limpa vão jorrar do coração de quem crê em mim” (João 7.38), prometeu Jesus ao falar do Espírito Santo. Também chamado de Espírito da Verdade, ele é lembrado neste Domingo de Pentecostes quando foi “derramado” copiosamente sobre os apóstolos (Atos 2). Por isto, se a palavra “cachoeira” hoje nos lembra tanta imundícia, é bom ouvir esta história bíblica, até porque estamos cansados com tantas mentiras lavadas. Carecemos de águas correntes e limpas. Necessitamos urgentemente de torrentes cristalinas e puras.

   Conta o livro de Atos que chamas em forma de línguas de fogo se espalharam sobre a cabeça dos discípulos. Isto sugere algo: quem tem o Espírito Santo, carrega a verdade na cabeça e na ponta da língua, um fogo que incendeia e ilumina. No entanto, Tiago lembra que ao mesmo tempo “a língua é um fogo que vem do próprio inferno (...) Ela é má, cheia de veneno mortal, e ninguém a pode controlar. Usamos a língua tanto para agradecer ao Senhor e Pai como para amaldiçoar as pessoas (...) Por acaso pode a mesma fonte jorrar água doce e água amarga?” (3.1-11). Pior que pode. Aqueles que têm o Espírito da verdade carregam junto o espírito da falsidade.

   Por isto não dá para falar de boca cheia dos corruptos lá de Brasília. “Se dizemos que não temos cometido pecados, fazemos de Deus um mentiroso”, admite João na sua primeira carta. Mas daí surge os rios de água limpa que jorram no coração daquele que crê na Verdade – Jesus. Um banho diário, completo. Uma purificação que transforma.  Concluindo, o que falta nesta sociedade são cachoeiras ao contrário, rios que sobem os morros, águas que desobedecem à lei da gravidade. Ou seja, a verdade como regra e não como exceção.   
  
Marcos Schmidt - pastor luterano
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS

Feliz Dia das Mães


Mãe responsável – filhos obedientes



Ana tinha o grande desejo de ser mãe. Personagem da Bíblia, no Antigo Testamento, ela não tinha filhos porque Deus, até então, não permitia. Certo dia ela orou a Deus e disse: “Ó Senhor Todo-Poderoso, olha para mim, tua serva! Vê a minha aflição e lembra de mim!  Não esqueças a tua serva! Se tu me deres um filho, prometo que o dedicarei a ti por toda a vida...” 1 Samuel 1.11.
       Deus atendeu ao pedido de Ana. Ela ficou grávida e deu à luz um filho. Colocou nele o nome de Samuel. No devido tempo, Ana cumpriu com a sua promessa. “Samuel era muito novo quando a sua mãe o levou à casa do Senhor.”
       A responsabilidade da mãe Ana foi recompensada com a chegada do filho. Esta responsabilidade culminou com a educação do menino conforme a vontade de Deus. Samuel não teve dificuldade em compreender os planos de Deus para a sua vida. Toda a dedicação da mãe foi um ótimo exemplo para ele. A boa vontade e disposição dela em adorar ao Senhor serviram de inspiração para o filho.
       Existem mães que são gratas a Deus pela felicidade de verem seus filhos bem encaminhados. Muitas gostariam que seus filhos fossem mais consagrados a Deus, responsáveis e obedientes. Mas, amargam grandes decepções. Algumas, pelo fato de não serem bom exemplo. Outras, apesar da boa educação, perderam seus filhos para péssimas companhias e as atrações mundanas.
       Nunca é tarde para uma mãe assumir a sua responsabilidade e encaminhar os filhos a Deus. Até porque, os filhos obedientes serão a verdadeira alegria dela. Filhos obedientes também são bons alunos; bons pais, motoristas cuidadosos. Filhos obedientes são profissionais honestos e dedicados; são agentes da paz e tornam a vivência em sociedade mais agradável. Que Deus abençoe as mães com sabedoria, paciência e amor. Não esquecendo que temer a Deus é o princípio da verdadeira sabedoria. “Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor.” Provérbios 9.10. Sabedoria e responsabilidade geram obediência.

Pastor Fernando E. Graffunder
Três Vendas – Pelotas, RS.

Tentações

Jesus sabia que, diariamente, podemos enfrentar tentações para pecarmos. Não foi à toa que ele ensinou a orarmos ao Pai dizendo: "Não nos deixes cair em tentação". Somos tentados pelo diabo, pelo mundo e por nossa própria vontade. Somos tentados ao engano, à crenças falsas, vícios, vida imoral, e até ao desespero. Hoje provavelmente você precisará lutar para não pecar, para vencer tentações. Quando esta hora difícil chegar, não se desespere. Lembre-se de Jesus, peça a sua ajuda, ore como ele ensinou: Pai nosso, não nos deixes cair em tentação mas livra-nos do mal. Pois "Jesus pode ajudar os que são tentados, pois ele mesmo foi tentado e sofreu."

Oração: Salvador Jesus, livre-me das tentações. Você sabe como elas podem nos fazer sofrer. Se hoje elas vierem, dê-me forças para vencê-las. Por sua misericórdia. Amém.
Leia em sua Bíblia Hebreus 2.5-18

Jesus em outras religiões



No mundo do futebol é possível que um ídolo de um grande clube, ao sair, jogue pela equipe rival. É possível um apresentador muito famoso de uma emissora de televisão trabalhar em outra. Também acontece de um líder político passar para outro partido. Poderia Jesus estar em outra religião que não o cristianismo?
       As pessoas mudam de religião. A procura por outros caminhos que conduzem a Deus é muito grande. Mas, o que mais se observa é a busca por uma religião que atenda necessidades ou interesses pessoais. Neste sentido, existe de tudo para todos.
       E Jesus? Será que tem lugar para ele em outras religiões? É possível que sim. Nenhum criador de uma religião deixaria de fora alguém que sempre procurou fazer o bem, estabelecer a paz e o amor entre as pessoas. A maioria das grandes religiões tem em comum o bem-estar completo do ser humano. Partindo da imaginação própria existe uma tentativa do homem em desvendar os mistérios de Deus. Por isso, o surgimento de tantos grupos religiosos.
       No entanto, o meio definitivo pelo qual o Criador do universo se revela a nós, criaturas, é um só: a Bíblia. Não é possível conhecê-lo pela natureza nem por intuição própria. Para crer nas Escrituras Sagradas, que é a Palavra reveladora de Deus, é preciso ter fé.  E esta fé é uma dádiva de Deus concedida através do Batismo ou pelo ouvir da Palavra de Deus. Nem todas as pessoas a possuem.
       Nas outras religiões Jesus não é aceito como Salvador dos pecados; ele não é aceito como o Filho de Deus; ele não é aceito como o Deus que assume a natureza humana para executar o plano da salvação eterna. Em outras religiões Jesus não é aceito como vencedor da morte porque as pessoas não acreditam na sua ressurreição. Se Jesus fosse aceito por toda a humanidade da forma como ele se apresenta na Bíblia, não existiriam outras religiões.
       Para os cristãos e para os não cristãos Jesus diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim.” João 14.6. Sem Jesus não é possível o ser humano estar ligado a Deus para esta vida e para a eternidade. Somente com Jesus está a verdadeira vida.
Pastor Fernando E. Graffunder
Três Vendas – Pelotas, RS.

Sem o 1º de maio


  O Dia do Trabalho deveria ser hoje, 3 de maio. Foi neste dia, 1886, Estados Unidos, que a polícia atirou contra uma multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. A manifestação que reivindicava jornada de trabalho para 8 horas começou no 1º de maio, e por isto a data. Em todo caso, no “calendário” cristão o assunto escapa do aspecto conflitante e entra no campo definido como “para o Senhor”: “Trabalhem com prazer, como se vocês estivessem trabalhando para o Senhor e não para pessoas” (Efésios 6.7). Evidentemente, um desafio por aquilo que está no Gênesis: “Você terá que trabalhar duramente a vida inteira”.  

  No entanto, trabalho não é maldição. Maldita é a previsão da Organização Internacional do Trabalho para o final de 2012: mais de 202 milhões de pessoas estarão desempregadas em todo o mundo. Maldita é a rebeldia humana que plantou ervas daninhas e dureza na labuta pela sobrevivência, que colheu ganância, opressão, preguiça, desonestidade, injustiças, discórdias. Mas bendito é o fruto da árdua e eficiente obra do Filho de Deus, que por isto sugeriu: “Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que dura para a vida eterna” (João 6.27). 

  Diante disto, dependendo da relação com o trabalho, haverá felicidade ou infortúnio. Não pelo sucesso material, mas por aquilo que disse Jesus: “Onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês” (Lucas 12.34). Bem lembrou o Sábio: “Nós trabalhamos e nos preocupamos a vida toda e o que é que ganhamos com isso? No entanto, compreendi que mesmo essas coisas vêm de Deus” (Eclesiastes 2.22). “Não adianta trabalhar demais para ganhar o pão”, alertou Davi, “levantando cedo e deitando tarde, pois é Deus que dá o sustento aos que ele ama mesmo quando estão dormindo” (Salmo 127.2). Logicamente, promessa que não justifica a irresponsabilidade, mas aponta para a confiança e o equilíbrio. Por fim, nos vícios da corrupção, injustiças e violência, diferente seria se todos vivessem “do seu próprio trabalho” (1 Ts 4.11) – sem o 1º de maio.
  
Marcos Schmidt / pastor luterano
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS
3 de maio de 2012

Aborto de Anencéfalos




Foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal o aborto de anencéfalos. Oito votos favoráveis e dois votos contrários. A partir da publicação dessa decisão as mulheres que descobrirem que seu nenê não tem o cérebro completo, poderão interromper a gravidez, tirando a vida do feto.

O que mais pesou para se chegar a essa decisão foi a análise do sofrimento da mãe. Tanto que a Lei prevê que justamente a gestante e tão somente ela, poderá e deverá decidir se a vida do feto será interrompida ou não.

Sinto que há grande proximidade dos argumentos pró-aborto de anencéfalos com os utilizados a favor da eutanásia. Os favoráveis apontam para o sofrimento de quem acompanha e da própria pessoa. Mas insisto em um argumento brutal, onde afirmo que não se acaba com o sofrimento matando os sofredores. Entendo que justamente ali está a oportunidade de aumentar o amor e o cuidado.

A decisão do STF relativiza a Vida.

Por isso pergunto: Como medir essa situação do sofrimento? Quando o sofrimento permite acabar com a vida? Quantos sofrem dores emocionais e pedem pelo fim de sua vida - aprovaríamos isso?

No caso dos anencéfalos argumenta-se ainda que a possibilidade de vida é pequena. Mas será que não há dignidade em viverem apenas alguns minutos? O dom da vida não está ligado ao tempo de vida! Por isso todos têm o direito e o dever de cuidar durante os poucos dias, semanas, meses ou anos que estamos com nossos filhos e depois sepultá-los dignamente.

Em outras épocas algumas civilizações descartavam crianças com outras deficiências. Desejo que essa decisão não abra precedentes para que o egoísmo floresça e frutifique em extermínio de crianças por motivos banais!

Quero deixar claro que não consigo mensurar a dor dos pais que descobrem que seu filhinho(a) não tem cérebro. Compreendo que não é uma situação banal. Porém a Vida pertence a Deus. Ninguém tem o direito de interrompê-la. Não somos autônomos nem mesmo com a nossa própria existência – muito menos com a de outrem, menos ainda com a de um feto que não pode defender-se de nada.

Independente das leis aprovadas, precisamos continuar zelando e cuidando a vida. Pois antes importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29). Sabemos que nosso Deus, Criador, nos acompanha desde a concepção, nos viu desde quando estávamos sendo formandos na barriga de nossa mãe (Salmo 139); e que a Verdadeira Páscoa, onde Jesus ressuscitou, nos ensina que nosso salvador não deseja interromper a vida, mas garanti-la eternamente.

Concluo convidando os leitores a pesquisarem e conferirem no youtube o depoimento de pais de uma menina anencéfala que recebeu o nome de Vitória de Jesus – o título é “Pais testemunham a sua fé”. Também é possível acompanhar o discurso e o voto de cada um dos ministros.



Pastor Ismar L. Pinz


Comunidade Luterana Cristo Redentor

Três Vendas, Pelotas, RS.

Mensagem da Páscoa 2012 - IELB


Semana Santa








Na Fila da Morte

A história de um jovem atirando e matando em uma universidade não é novidade. Porém o fato novo é a declaração de que o assassino teria organizado uma “fila” das vítimas. Isso ocorreu em uma pequena Universidade dos Estados Unidos.

Imaginem a angústia daqueles que estavam nessa fila!

A verdade é que podemos comparar nossas vidas como que numa fila para a morte, de forma que a cada dia, certamente nossa vez vai se aproximando.

A diferença é que não precisamos andar nesta fila angustiados e temerosos. Isso porque num domingo do primeiro século Jesus ressuscitou. Ele que fora crucificado na sexta-feira anterior, voltou à vida e transformou a profunda angustia da morte em esperança.

Jesus já havia ressuscitado outras pessoas, como a filha de Jairo (Mc 5), e um amigo íntimo chamado Lázaro (Jo 10). Aliás, esse tal de Lázaro já tinha sido sepultado há quatro dias.

Mas no Domingo da primeira Páscoa do Novo Testamento, Jesus não venceu a morte de um homem apenas, mas arruinou o poder da Morte. Assim está escrito em 1 Co 15.56: O que dá à morte o poder de ferir é o pecado. Em sua morte, Jesus tomou sobre si o nosso pecado. E Ele, mesmo sem ter pecado algum, sofreu a maldição da morte (Gl 3.13), para pagar por todos os pecados e vencer a morte com a ressurreição.

Apesar da obra da redenção estar consumada, continuamos na fila, e nos aproximamos todos da nossa morte, porém, os que creem em Jesus não precisam se angustiar, pois eles receberam a promessa de que não sofrerão a Segunda Morte.

Mas o que é essa Segunda Morte? É a eterna angústia da condenação (Ap 20.14)!

Por isso poderíamos repetir o famoso versículo de João 3.16 escrevendo: porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crer, não pereça (sofra a segunda morte), mas tenha a vida eterna.

Davi escreveu: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo (Sl 23.4).”

Ainda que estejamos na Fila da Morte, não teremos medo de nada, pois já temos a Vida Eterna, e a presença consoladora para cada passo de nossas vidas já aqui nessa Grande Universidade que é a nossa vida.
Pastor Ismar L. Pinz
Comunidade Cristo Redentor, Pelotas, RS.