MENSAGEM DIRETORIA NACIONAL: 495 ANOS DA REFORMA

Dia 31 de outubro festejamos os 495 anos da Reforma, desde que Martinho Lutero, num ato de coragem, convicção e defesa da verdade das Sagradas Escrituras, fixou 95 teses na porta da igreja de Wittenberg, na Alemanha. Começava ali uma luta na defesa de três pilares básicos de nossa confissão e fé: Somente a Graça; Somente a Fé e Somente a Escritura. 

Lutero defendia, à luz da Palavra de Deus, de que a salvação eterna é graça, é presente de Deus, que vem a nós, somente pela fé em Cristo Jesus e essa verdade, nos é colocada e determinada, somente pela Escritura, que é a clara e pura Palavra de Deus. Por essa verdade ele lutou. Nessa certeza ele viveu e se dispôs até a morrer, confessando: “Se vierem roubar os bens, vida e o lar, que tudo se vá, proveito não lhes dá. O céu é nossa herança.” (Hinário Luterano, nº 165).

Quando lembramos essa data, louvamos e agradecemos a Deus pela coragem, firmeza, determinação e fidelidade deste servo de Deus, chamado Martinho Lutero. Por outro lado, numa sociedade em transformação, num mundo de constantes mudanças, onde valores éticos, morais, princípios cristãos, são ignorados, pisoteados e deixados de lado, é preciso olhar para o exemplo de homens como Lutero, para,também, firmados na Bíblia, a Palavra de Deus, hastearmos pendões (Sl 20.5), confessarmos essa fé e não nos deixarmos envolver por ameaças, críticas e vãs filosofias desse mundo (Cl 2.8 e 1 Tm 6.20).

Deus nos proteja, defenda e dê sabedoria para permanecermos firmes na fé e nas Confissões da nossa Igreja. Nas Confissões, conforme encontramos no Livro de Concórdia de 1580, não por serem essas igual ou maior do que a Bíblia Sagrada, mas por termos absoluta convicção que elas estão fundamentadas, baseadas e firmadas na Palavra de Deus. Que assim possamos permanecer firmes e defender com convicção, não o que Lutero disse, mas o que a Bíblia diz, e pela qual Lutero batalhou e lutou até o fim.

Continuamos defendendo que somos salvos Somente pela Graça de Deus. Esse presente vem a nós, Somente Pela Fé, e temos essa certeza, porque a Bíblia e Somente Ela nos afirma e mostra isso.
    
Pastor Egon Kopereck
Presidente da IELB







Recepção de Novos Membros

Nove novos membros são recebidos na PEL “Concórdia” de Canivete.

Dia 27 de Outubro, na CEL Concórdia: Adenicio Buenos Batista; Marlene Felipe da Silva; Luciano Bastos da Rocha.



Dia 28 de Outubro na CEL Cristo Redentor: Charles Romanha Coutinho 




Dia 28 de Outubro na CEL Martinho Lutero: Flávio Morgan; Vivian Berger; Suely Rosa dos Santos Kopp; Edivaldo Kopp; Viviane Luiz Francisco.
No mesmo culto a CEL Martinho Lutero comemorou seus 30 anos, tendo como pregador o Pr. David Flor, liturgista Pr. Jadir Carlos Mundt. 


Educação: Dedo indicador ou dedo do meio?


O dedo indicador erguido é sinal de quem quer falar, interagir. Virou tradição erguer o indicador para perguntar algo. Não são poucos os que ouviam a professora dizer: “quem quiser falar ou perguntar ergue o dedo”.

Porém erguer o dedo do meio é sinal oposto. Nada a ver com educação e ordem, muito menos com pedido de licença, mas com agressão, com falta de educação. Erguer o dedo do meio é uma violência silenciosa, uma ofensa rápida e direta.

Já passou da hora de todos erguermos os dois braços e colocarmos as duas mãos ao trabalho para lutarmos pela educação. Num momento de debates, rapidamente se apontam os aspectos críticos: baixos salários dos professores, péssimo estado físico das escolas. Recorrentemente tenho ouvido falar sobre a falta de qualificação dos mestres.

Concordo com todos os aspectos citados, mas algo ainda me inquieta: “saber que a maioria dos jovens em sala de aula, são mais velozes em erguer o dedo do meio do que erguer o indicador!” Assim, aulas brilhantes não são nem percebidas e alunos interessados são ridicularizados. Afinal o dedo do meio normalmente é maior que o indicador.

Mas quem é essa gente que ergue o dedo do meio? São meninos e meninas. Nossos filhos, sobrinhos, netos, vizinhos. São nossos!

Imediatamente nos sensibilizamos e percebemos que o problema está em nós mesmos e na sociedade que formamos. Percebemos que não adianta apenas pintar as paredes da escola, ou trocar computadores por notebooks, percebemos que o problema está na escala de valores que construímos, notamos que o problema está naquilo valorizamos, naquilo que é curtido. Percebemos que muitas vezes não erguemos nenhum dos dedos, mas sim uma peneira para proteger-se de um sol que revela nossa ineficiência e conceitos de quem acha que um penteado maneiro e a cor dos tênis são aspectos de personalidade importantes, enquanto conceitos e fundamentos são considerados caretices.

Penso que o dedo indicador erguido nos deve direcionar a atenção para Deus. Diz as Escrituras Sagradas que o temor ao Senhor é o princípio da sabedoria (Pv 1.7). Diz as Escrituras que ainda que venhamos a dominar as ciências e saibamos falar a língua dos homens e até mesmo dos anjos, se não tiver amor, nada seremos (1 Co 13).

Jesus é o Mestre dos mestres! Ele permitiu que suas duas mãos, com todos os dedos fossem erguidos na cruz. Ao doar sua Vida em Amor aponta uma escala de valores que precisa ser respeitada e ensinada aos nossos pequenos. Somente assim os indicadores serão levantados para perguntar, interagir e ajudar os professores e colegas nesse processo conjunto que é a aprendizagem.

Pastor Ismar L. Pinz

Comunidade Luterana Cristo Redentor

Três Vendas - Pelotas

POR QUE BATIZAMOS CRIANÇAS - PARTE 2



Batizamos crianças porque:
De acordo com os textos abaixo sempre foi costume da Igreja Cristã batizar crianças. Leia: At 10.44-48; At 16.15; At 18.8 e 1Co 1.16. Atos 16 diz que Lídia e toda a sua casa foram batizados. Muito embora o texto não diz claramente, mas é certo que havia crianças naquela família, bem como, a casa de Crispo em Atos 18, e a casa de Estéfanas em 1Coríntios 1.
A primeira versão do Novo Testamento, denominada Peshita Siríaca, publicada logo após a era apostólica, traduz At 16.15 da seguinte maneira: “Ela (Lídia) foi batizada e as crianças da sua casa.”
DEVO ME BATIZAR MAIS DE UMA VEZ?
Cuidado! Muitos não tem nenhum conhecimento bíblico sobre o batismo e o seu valor, e por isso, acabam entrando na onda perigosíssima de se batizar de novo toda vez que muda de igrejaO batismo É UM SÓ – Leia: Efésios 4.5, e não 2, 3, 4 vezes... de acordo com o número de denominações diferentes... Muitos encaram esse assunto, como se estivessem brincando de casinha ou pulando de galho em galho! Na Bíblia está escrito: “... Não vos enganeis: de Deus não se zomba... – Gl 6.7.
Se você se batizou mais de uma vez peça perdão a Deus e clareza da sua Palavra, Ele te perdoará e receberá em seus braços.
As bênçãos e validade do batismo não estão no pastor que faz o batismo e nem nessa ou naquela denominação. O valor e bênçãos do batismo estão na Palavra de Deus, que é usada junto com a água. O batismo feito com água, em nome do Deus Triúno; Pai, Filho e Espírito, Santo é válido para sempre. É o que lemos em Mateus 28.19,20. O batismo não perde a sua validade. Pois Deus continua sendo fiel até o fim.
A igreja cristã sempre batizou crianças, desde os tempos apostólicos. Toda a confusão começou no século XVI com o surgimento dos anabatistas (ensinavam: Salvação por obras; negavam o batismo infantil...) que começaram a ser contra o batismo de crianças, afirmando que elas não podiam crer e que não tinham necessidade de serem regeneradas, visto não terem pecado, o que é uma grande mentira! Basta ler Salmo 51.5. Nascemos com o pecado original.
As seguintes afirmações de grandes autoridades bíblicas provam o que dissemos – Que a igreja sempre batizou crianças:
Irineu, nascido em 97 d.C., discípulo de Policarpo, escreve: “A igreja aprendeu dos apóstolos a ministrar o batismo às crianças.” Irineu: Contra as Heresias, vol. 2.
Justino Mártir, que chegou a ver o apóstolo João, escreve: “Cristãos de ambos os sexos, alguns de 60, outros de 70 anos de idade se tornaram discípulos pelo batismo desde a infância.” Justino: Apologia, vol. 1.
Orígenes, que viveu 85 anos depois da morte do apóstolo João, escreve: “Visto que o batismo é para perdão dos pecados, as crianças também são batizadas de acordo com o costume da igreja.” Wal, vol. 1, p. 104.
Hermas, mencionado por Paulo em Rm 16.14, fala de crianças que receberam o selo do batismo, nestas palavras: “Ora, esse selo é a água do batismo.
Clemente, mencionado em Filemom 4.3, aconselha aos pais: “Batizai vossos filhos e criai os na disciplina e correção do Senhor.
Agostinho diz: “Desde a antigüidade a igreja tem observado o batismo infantil.
Pelágio, contemporâneo de Agostinho, escreve: Difamam-se como se eu negasse o sacramento do batismo às crianças. Jamais ouvi dizer, nem mesmo de um herético ímpio, que crianças não devem ser batizadas. Pois não há ninguém tão ignorante do escrito evangélico a ponto de ter essa opinião.”
Jamais devemos esquecer que o batismo é um meio da graça pelo qual Deus vem a nós e nos da o perdão dos pecados e implanta a fé salvadora em nossos corações.
Grande abraço a todos e até o próximo artigo!

Pastor Silvair Litzkow

CPT 27 - Milagres