
Vejo algo semelhante acontecendo no âmbito religioso, numa guerra entre a moralidade e a imoralidade, entre a justiça e a iniquidade. Em meio às ameaças, o grande perigo é invadir o território do outro com armas humanas e truculentas. Igual à espada de Pedro que arranca a orelha do soldado. “Você não sabe que, se eu pedisse ajuda ao meu Pai, ele me mandaria agora mesmo doze exércitos de anjos?” (Mateus 26.53). As palavras do Senhor deveriam acalmar a ânimo dos discípulos, que, no anseio de resguardar a ordem moral, podem desprezar o poder do Evangelho. A grande missão da igreja sempre foi evangelizar, e não moralizar. Diante disto, a parábola mereceu explicação de quem a proferiu: “Quem semeia a boa semente é o Filho do Homem. O terreno é o mundo. A boa semente são as pessoas que pertencem ao Reino, e o joio, as que pertencem a Satanás. O inimigo que semeia o joio é o próprio Diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os que fazem a colheita são os anjos” (Mateus 13.37-39). Portanto, basta ao discípulo ser a boa semente. Que germine, cresça e frutifique. E a colheita? Esta será feita pelos anjos...
Separar o joio do trigo antes da hora é colher a injustiça no lugar da justiça, o ódio no lugar do amor, a lei no lugar do evangelho. É uma volta parecida com a dos soldados americanos.
Marcos Schmidt - pastor luterano
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